"Solo para um Corpo que Cai" – explora masculinidades e ritos de passagem em cena

“Solo para um Corpo que Cai” – explora masculinidades e ritos de passagem em cena

O ator e dramaturgo Murillo Marques apresenta “Solo para um Corpo que Cai”, uma obra de autoficção que explora as complexas facetas da masculinidade por meio de memórias, rituais e processos de autoconhecimento. A apresentação terá sua estreia no próximo dia 2 de dezembro,  às 21 horas, na Rua Tenente Avelar Pires, 341 – Centro de Osasco.

Desenvolvido desde 2020, o espetáculo foi criado a partir do episódio da morte do pai de Murillo e referências da psicanálise como “O Pai”, de Arthur Colman, e se relaciona intimamente com os conceitos de psicomagia de Alejandro Jodorowski. A estreia acontece no Jegue’s bar, no centro de Osasco, e cumpre temporada entre 02 a 12 de dezembro, oferecendo ao público uma jornada que mistura o real e o simbólico em uma narrativa visceral.

Dirigido e interpretado por Murillo Marques e tendo como orientação as provocações feitas pelo ator Thiago Amaral, “Solo para um Corpo que Cai” parte da pergunta: “O que é necessário para se libertar dos fantasmas do passado e criar novos imaginários de masculinidade?”. A obra adota a perspectiva da psicomagia, propondo a cena como um espaço ritualístico em que atos simbólicos catalisam a cura e o autoconhecimento. Assim como Jodorowski propõe a prática de rituais para transformar traumas e padrões inconscientes, Murillo traz à cena o desafio de “beber o morto” – uma metáfora para a necessidade de confrontar e reconciliar-se com a figura paterna e com as expectativas impostas.

O espetáculo se desenvolve durante o expediente em um bar real, o Jegue’s Bar, local importante para a performance, para além de ser um espaço emblemático da convivência masculina, e propõe uma roda de conversa na qual a performance desafia as normas e dá voz a novas facetas da masculinidade. Entre histórias pessoais e elementos performáticos, o ator constrói um diálogo profundo sobre libertação, luto, rejeição, amor, ultraviolência e a busca por um sentimento de comungar histórias para celebrar a vida e por que não honrar os mortos apesar dos desencontros em vida?

As apresentações ocorrem de 02 a 12 de dezembro, no Jegue’s Bar, Rua Tenente Avelar Pires, 341 – Centro, Osasco, com entrada livre até a lotação do espaço.

SINOPSE – SOLO PARA UM CORPO QUE CAI

Beber o morto, contar histórias, relembrar os momentos ao lado de quem já se foi junto aos que estão vivos, dissipar a sombra de um pai fantasma. Como celebrar a morte e acertar as contas com o passado? O ator e performer Murillo Marques propõe uma ação-rito em um bar para reviver e experienciar os vestígios de um pai morto pairando como um corpo suspenso dependente de um solo para o descanso. A performance busca rastrear os vestígios da sombra do pai na formação do insconsciente e da masculinidade tomando como base o próprio performer e emprestando histórias da plateia para que, por meio de um ato poético, se possa comungar de uma experiência. 

Serviço:

  • Espetáculo: Solo para um Corpo que Cai
  • Local: Jegue’s Bar – Rua Tenente Avelar Pires, 341 – Centro, Osasco
  • Data: 2, 3, 4, 10, 11 e 12 de dezembro
  • Horário: 21h
  • Ingressos: entrada livre até a lotação do espaço.
  • Duração: 50 minutos
  • Classificação: 16 anos